Vamos abrir a Bíblia no livro de Apocalipse, capítulo 4. Nesta passagem, João tem uma visão após escrever as sete cartas às igrejas. Nesse momento, João se encontra preocupado com o estado da igreja, pois a história do cristianismo, apesar de mártires fiéis que deram suas vidas pela fé, também é marcada por episódios de apostasia e infidelidade. O que vem a seguir é a incrível visão de uma porta aberta no céu.
A Visão de João: A Porta Aberta no Céu
No início do capítulo 4 de Apocalipse, João escreve: “Depois dessas coisas, olhei, e eis que havia uma porta aberta no céu“. A voz que ele ouviu soava como uma trombeta, dizendo: “Venha para cá, e eu lhe revelarei o que acontecerá após estes eventos.”
Essa passagem marca o início de uma nova visão, diferente daquela que ele teve sobre as sete cartas às igrejas. João é transportado em espírito e vê um trono armado no céu.
O Trono no Céu
Ao descrever o que viu, João fala de um trono no céu, onde alguém estava sentado, semelhante a jaspe e sardônio, e um arco-íris ao redor do trono, como uma esmeralda. Além disso, ao redor do trono, estavam 24 anciãos vestidos de branco com coroas de ouro.
João continua sua descrição, mencionando que do trono saíam relâmpagos, trovões e vozes. Diante do trono, havia sete tochas de fogo, que são os sete espíritos de Deus, e algo como um mar de vidro semelhante ao cristal.
Os Quatro Seres Viventes
João também vê quatro seres viventes, cada um com uma aparência peculiar: o primeiro parecia um leão, o segundo, um novilho, o terceiro, um homem, e o quarto, uma águia em voo. Esses seres, com seis asas e cheios de olhos, clamavam incessantemente: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir”.
Sempre que esses seres davam glória a Deus, os 24 anciãos se prostravam e adoravam o Senhor, depositando suas coroas diante do trono e proclamando: “Tu és digno, Senhor, de receber glória, honra e poder, porque foste o criador de todas as coisas, e pela tua vontade elas passaram a existir”.
O sinal
Agora, precisamos refletir sobre o significado prático dessa visão para as nossas vidas. Muitas vezes, enfrentamos momentos difíceis e, como João, podemos nos sentir isolados, sem esperança. João estava na ilha de Patmos, preso, cercado de incertezas e preocupado com a situação da igreja.
No entanto, em meio a essa angústia, ele foi presenteado com uma visão celestial que lhe mostrou que, apesar das tribulações na Terra, o céu estava em harmonia, e Deus continuava no controle de tudo.
Isto
Um ponto importante que podemos extrair dessa passagem é que, muitas vezes, em momentos de dor, não conseguimos enxergar motivos para louvar a Deus. Um exemplo disso foi uma jovem que, após perder o marido em um acidente, disse que não tinha nada para agradecer naquele ano.
Essa reação é compreensível, mas é importante lembrar que, mesmo em meio ao sofrimento, há razões para gratidão. Por exemplo, uma pilha de roupas para lavar pode parecer um problema, mas também é um lembrete de que temos roupas. O mesmo se aplica à audição, à comida, ao abrigo.
A Reação de Um Pai Agradecido
Uma história real ilustra essa mensagem de maneira poderosa. Um pai, após perder o filho em um assalto, levantou-se em um culto para agradecer a Deus. Ele disse que agradecia pela vida do filho, que sempre foi um bom jovem, e por não ter sido o assassino no episódio. Esse agradecimento não foi um ato de masoquismo, mas uma demonstração de que, mesmo na dor, é possível encontrar razões para louvar a Deus.
João nos ensina, através de sua visão, que mesmo em meio à dor, podemos unir nosso louvor ao dos anjos no céu, proclamando: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, Todo-Poderoso”. O fim dos tempos não deve ser visto apenas como um evento de sofrimento, mas também como um momento de vitória e de louvor a Deus, que está no controle de todas as coisas.
Que possamos aprender a louvar a Deus em todas as situações, encontrando força na certeza de que Ele é soberano e que, em breve, nos trará a salvação final.
Conclusão
O fim dos tempos pode parecer sombrio, mas a visão de João nos revela que o céu está em constante adoração a Deus. Isso nos convida a unir nossas vozes, mesmo em momentos de adversidade, louvando ao Senhor com gratidão.
Estudioso da Bíblia com profundo conhecimento das Escrituras, dedicado à interpretação teológica e à aplicação prática dos ensinamentos bíblicos. Especializado em exegese, história bíblica e análise de textos sagrados, buscando compreender e compartilhar a sabedoria contida na Palavra de Deus. Comprometido com o crescimento espiritual e o entendimento mais profundo da fé cristã.
