Estudos bíblicos

A História de José do Egito: Uma Jornada de Fé e Superação

A história de José do Egito começa com um menino sonhador e termina com um homem que salvou nações inteiras.

A História de José do Egito: Uma Jornada de Fé e Superação

Quando eu era criança, meus pais me contavam histórias antes de dormir. Entre todas elas, o que mais me fascinou era de um jovem que passou de escravo a governador. Essa incrível narrativa sobre persistência, perdão e fé é conhecida como a história de José do Egito. Hoje, quero compartilhar com você essa jornada emocionante que tem inspirado pessoas por milhares de anos.

A história de José do Egito começa com um menino sonhador e termina com um homem que salvou nações inteiras. É uma história real de altos e baixos, que nos ensina como enfrentar problemas, perdoar quem nos magoa e confiar que os tempos melhores virão, mesmo quando tudo parece impossível.

A Infância de José e o Amor de Jacó

José nasceu há muito tempo, numa época em que as pessoas viviam em tendas e cuidavam de rebanhos de ovelhas. Seu pai, Jacó, tinha cochilos, mas José era especial para ele. Isso porque José era filho de Raquel, a esposa que Jacó mais amava.

Quando José tinha 17 anos, seu pai lhe deu um presente que causou muita confusão: uma túnica colorida e linda. Naquela época, as roupas coloridas eram caras e especiais. Ao dar esse presente apenas para José, Jacó mostrou que ele era seu filho preferido.

Como você pode imaginar, os irmãos de José não gostaram de nada disso. Eles já sentiram ciúmes do carinho especial que o pai tinha por José, e aquela túnica colorida só piorou as coisas. É como quando alguém da família parece receber mais atenção e presentes, e os outros ficam com aquela sensação ruim no coração.

Os sonhos que causaram problemas

Para complicar ainda mais a situação, José começou a ter sonhos estranhos. Em um deles, ele e seus irmãos estavam amarrando feixes de trigo no campo, quando o feixe de José se manifestou e os feixes dos irmãos se curvaram diante dele. Em outro sonho, o sol, a lua e onze estrelas (representando seu pai, sua mãe e seus irmãos) se curvaram para ele.

José, na inocência de sua juventude, conto esses sonhos para uma família. Você consegue imaginar como os irmãos reagiram? Ficaram furiosos! Para eles, aqueles sonhos fizeram com que José achasse que um dia seria superior a todos eles, até mesmo ao próprio pai.

“Você acha que vai reinar sobre nós? Acha que serão seus servos?”, perguntavam irritados. Cada vez que José falava desses sonhos, a raiva dos irmãos crescia mais.

A Traição e a Venda de José

Um dia, Jacó mandou José verificar como eram seus irmãos, que pastoreavam os rebanhos longe de casa. Quando os irmãos viram José se aproximando com sua túnica colorida, aproveitaram que estavam longe dos olhos do pai e planejaram fazer algo terrível.

“Aí vem o sonhador!”, disseram entre si. “Vamos matá-lo e jogar seu corpo em um poço. Depois diremos que um animal selvagem o devorou. Aí veremos o que aconteceu com seus sonhos!”

Rúben, o irmão mais velho, consegui salvá-lo. “Não derramem sangue”, disse ele. “Joguem-no vivo neste poço no deserto, mas não o machuquem.” Rúben planejava voltar mais tarde e resgatar José.

Os irmãos agarraram José, tiraram sua túnica colorida e jogaram em um poço seco. Depois, sentei-me para comer. Enquanto comiam, viram uma caravana de mercadores ismaelitas passando pelo caminho do Egito.

Foi então que Judá, outro dos irmãos, teve uma ideia: “Que vantagem teremos em matar nosso irmão? Vamos vendê-lo aos ismaelitas. Afinal, ele é nosso irmão, nosso próprio sangue.” Os outros concordaram.

Tiraram José do poço e venderam por vinte peças de prata. Imagine como José deve ter se sentido! Traído pelos próprios irmãos, vendido como um objeto, sendo levado para um país distante, sem saber o que aconteceria com ele.

Para encobrir o crime, os irmãos mataram um cabrito, mergulharam a túnica de José no sangue e levaram a Jacó, dizendo: “Encontramos isto. Veja se é a túnica de seu filho.”

Jacó pegou a túnica e disse: “É a túnica do meu filho! Um animal selvagem o devorou! José foi despedaçado!” O pobre pai rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco e chorou por seu filho durante muitos dias. Seus outros filhos desejavam consolá-lo, mas ele dizia: “Irei lamentando para a sepultura, para junto de meu filho.”

José no Egito: De Escravo a Servo de Confiança

Enquanto isso, José chegava ao Egito, um país estrangeiro com língua, costumes e religião diferentes de tudo o que ele conhecia. Os mercadores ou venderam a Potifar, um oficial importante do faraó, que era o rei do Egito.

Mesmo nessa situação difícil, José decidiu trabalhar com dedicação. Ele poderia ter ficado amargurado ou revoltado, mas em vez disso, escolheu fazer o melhor possível em sua nova vida. E você sabe o que aconteceu? Deus estava com José e o abençoou em tudo o que fazia.

Potifar logo mostra que José era especial. Tudo o que José tocava parecia dar certo. Por isso, Potifar promoveu José, tornando-o responsável por toda a sua casa e por todos os seus bens. Com José cuidando de tudo, Potifar só se preocupava com a comida que ia comer!

A Bíblia nos conta que “José era bonito e de boa aparência”. Por causa disso, a esposa de Potifar começou a se interessar por ele e tentou seduzi-lo. Mas José era leal e respondeu: “Como poderia eu cometer tal maldade e pecar contra Deus?”

Mesmo rejeitada várias vezes, a mulher insistia. Um dia, quando não havia mais ninguém em casa, ela agarrou José pela capa, mas ele fugiu, deixando a capa nas mãos dela. Furiosa por ter sido rejeitada, ela usou a capa como “prova” e acusou José falsamente de tentar atacar.

Quando Potifar soube da história de sua esposa, ficou muito bravo e mandou José para a prisão. Mais uma vez, José enfrentou uma situação injusta. Primeiro traído pelos irmãos, agora acusado falsamente de um crime que não cometeu.

José na Prisão: Interpretando Sonhos

Na prisão, José continua com sua atitude positiva. Em vez de reclamação de injustiça, ele trabalhou duro e conquistou a confiança do carcereiro. Logo, José estava administrando a prisão, cuidando de todos os prisioneiros.

Entre os prisioneiros estavam o copeiro-chefe e o padeiro-chefe do faraó. Um dia, ambos tiveram sonhos estranhos que os deixaram preocupados. José notou que eles estavam tristes e disse o que estava comemorando.

A História de José do Egito
A História de José do Egito

Quando contaram seus sonhos, José disse: “A interpretação dos sonhos não vem de Deus? Contem-me os seus sonhos.”

O copeiro sonhou com uma videira com três ramos que brotavam e davam uvas. Ele espremeu as uvas na taça do faraó e colocou em suas mãos. José interpretou: “Os três ramos são três dias. Dentro de três dias, o faraó vai restaurá-lo ao seu cargo, e você voltará a colocar a taça nas mãos dele, como habitualmente fazer.”

José então pediu: “Quando tudo correr bem para você, lembre-se de mim e fale de mim ao faraó, para que ele me tire desta prisão. Fui tirado à força da terra dos hebreus e aqui não fiz nada para ser jogado neste calabouço.”

O padeiro, animado com a boa interpretação, também contornou seu sonho: ele carregava três cestos de pão na cabeça, e os pássaros comiam do cesto de cima. José interpretou: “Os três cestos são três dias. Dentro de três dias, o faraó vai tirar sua cabeça e pendurá-lo numa árvore, e as aves comerão sua carne.”

Três dias depois, era o aniversário do faraó. Ele deu uma festa e, como José havia previsto, restaurou o copeiro ao seu cargo, mas mandou enforcar o padeiro. Infelizmente, o copeiro se esqueceu completamente de José, que ficou na prisão por mais dois anos.

Os Sonhos do Faraó e a Ascensão de José

Dois anos depois, o faraó teve dois sonhos perturbadores. No primeiro, ele esteve à margem do Nilo quando sete vacas gordas e bonitas saíram do rio, seguidas por sete vacas feias e magras, que devoraram as gordas. No segundo sonho, sete espigas de trigo cheias e boas cresceram, seguidas por sete espigas mirradas que engoliam as espigas boas.

Nenhuma das certezas ou magos do Egito conseguiu interpretar esses sonhos. Foi então que o copeiro finalmente se lembrou de José e contou ao faraó sobre aquele jovem hebreu na prisão que podia interpretar sonhos.

O faraó mandou buscar José imediatamente. Depois de tomar banho e trocar de roupa, José foi levado à presença do faraó.

“Ouvi dizer que você pode interpretar sonhos”, disse o faraó.

“Não sou eu”, respondeu José humildemente, “mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável.”

Após ouvir os sonhos, José explicou: “Os dois sonhos têm o mesmo significado. Deus mostrou ao faraó o que está para fazer.

José continuou: “O fato do sonho ter sido dado duas vezes ao faraó significa que a questão já está decidida por Deus, e ele fará acontecer em breve.”

Então, José sugeriu um plano: “O faraó deve escolher um homem seguro e colocá-lo no comando do Egito. Deve também nomear fiscais para coletar um quinto de toda a colheita durante os sete anos de fartura. Esse alimento deve ser armazenado nas cidades para ser usado durante os sete anos de fome.”

O faraó e seus conselheiros acharam o plano excelente. “Poderíamos encontrar alguém como este homem, em quem está o Espírito de Deus?”, perguntou o faraó. E disse a José: “Uma vez que Deus lhe revelou tudo isso, não há ninguém tão sábio e prudente como você. Você será responsável pelo meu palácio, e todo o meu povo se submeterá às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você.”

E assim, aos 30 anos, José tornou-se o segundo homem mais poderoso do Egito. O faraó tirou seu anel-selo e o colocou no dedo de José, vestiu-o com roupas finas de linho e pôs uma corrente de ouro em seu pescoço. José foi proclamado governador de todo o Egito!

O faraó também deu a José um novo nome: Zafenate-Paneia. E lhe deu como esposa Asenate, filha de um sacerdote. José e Asenate tiveram dois filhos: Manassés, cujo nome significa “Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e a casa de meu pai”, e Efraim, que significa “Deus me fez prosperar na terra onde sofri”.

Os Anos de Fartura e os Anos de Fome

Durante os sete anos de fartura, José percorreu todo o Egito, supervisionando a colheita. Sob sua liderança, foram armazenadas quantidades enormes de grãos, “como a areia do mar, a ponto de parar de registrar, pois era impossível medir.”

Quando terminaram os sete anos de fartura, começaram os sete anos de fome, exatamente como José havia previsto. A fome atingiu todas as nações ao redor, mas no Egito havia comida porque José havia se preparado.

Quando os egípcios começaram a sentir fome, clamaram ao faraó por ajuda. O faraó lhes disse: “Vão a José e façam o que ele disser.” José abriu os depósitos e vendeu grãos aos egípcios. A fome era tão severa que pessoas de todos os países vinham ao Egito para comprar grãos de José.

O Reencontro de José com seus Irmãos

A fome também atingiu Canaã, onde Jacó e sua família viviam. Quando Jacó soube que havia grãos no Egito, enviou dez de seus filhos para comprá-los. Benjamim, o irmão mais novo de José, ficou em casa porque Jacó temia que algo ruim pudesse acontecer com ele.

Os irmãos chegaram ao Egito e se curvaram diante de José, sem reconhecê-lo. José estava vestido como um nobre egípcio, falava a língua egípcia e já haviam se passado mais de 20 anos desde que o venderam. Mas José reconheceu seus irmãos imediatamente!

Naquele momento, José se lembrou dos sonhos que tivera quando jovem. Seus irmãos realmente estavam se curvando diante dele, exatamente como os feixes de trigo em seu sonho!

José decidiu não revelar sua identidade imediatamente. Em vez disso, falou duramente com eles e os acusou de serem espiões. “Vieram para ver os pontos vulneráveis do país!”

“Não, senhor!”, responderam eles. “Seus servos vieram comprar comida. Somos todos filhos de um mesmo homem e somos honestos. Não somos espiões!”

“Não!”, insistiu José. “Vocês vieram para ver os pontos vulneráveis do país!”

Os irmãos explicaram: “Seus servos eram doze irmãos, filhos de um mesmo pai, que vive em Canaã. O mais novo está com nosso pai, e um já não existe mais.”

José disse: “Para provar que estão dizendo a verdade, um de vocês ficará preso aqui, enquanto os outros levam grãos para suas famílias famintas. Depois, tragam seu irmão mais novo. Assim saberei que não são espiões.”

Os irmãos conversaram entre si, sem saber que José entendia o que diziam (ele usava um intérprete para falar com eles). “É por causa do que fizemos ao nosso irmão que estamos sendo castigados. Vimos sua angústia quando implorava por sua vida, mas não o ouvimos.”

Ao ouvir isso, José afastou-se e chorou. Quando conseguiu se controlar, voltou e ordenou que Simeão fosse preso. Depois mandou encher os sacos dos outros com grãos e, secretamente, devolver o dinheiro de cada um, colocando-o dentro dos sacos.

A Segunda Viagem ao Egito

Quando os irmãos voltaram para casa e relataram tudo a Jacó, ele ficou muito aflito: “Vocês me roubaram meus filhos! José já não existe mais, Simeão está preso, e agora querem levar Benjamim! Tudo isso está caindo sobre mim!”

Rúben respondeu: “O senhor pode matar meus dois filhos se eu não trouxer Benjamim de volta. Confie-o a mim, e eu o trarei de volta.”

Mas Jacó recusou: “Meu filho não descerá com vocês. Seu irmão está morto, e ele é o único que me resta. Se algum mal acontecer a ele na viagem, vocês farão descer meus cabelos brancos à sepultura com tristeza.”

À medida que a fome piorava, eles consumiram todos os grãos trazidos do Egito. Jacó então disse aos filhos que voltassem para comprar mais.

Judá respondeu: “O homem nos advertiu severamente: ‘Não me vejam novamente, a não ser que tragam seu irmão’. Se o senhor deixar nosso irmão ir conosco, desceremos e compraremos comida. Mas se não o deixar ir, não iremos, porque o homem nos disse: ‘Não me vejam novamente, a não ser que seu irmão esteja com vocês’.”

Jacó perguntou: “Por que me causaram tanto mal, contando ao homem que tinham outro irmão?”

Eles responderam: “O homem nos interrogou detalhadamente sobre nós e nossa família. ‘Seu pai ainda vive?’, perguntou. ‘Vocês têm outro irmão?’ Respondemos às perguntas dele. Como poderíamos saber que ele exigiria que levássemos nosso irmão?”

Então Judá disse: “Deixe o rapaz ir comigo, para que possamos partir e sobreviver. Eu mesmo garanto a segurança dele. Se eu não o trouxer de volta, levarei a culpa pelo resto da vida.”

Finalmente, Jacó concordou: “Se tem que ser assim, levem o dobro do dinheiro, devolvam o dinheiro que foi colocado em seus sacos e levem os melhores produtos da nossa terra como presente para o homem.”

José Revela sua Identidade

Quando os irmãos chegaram ao Egito com Benjamim, José os convidou para comer em sua casa. Eles ficaram com medo, pensando que seriam presos por causa do dinheiro devolvido em seus sacos.

Na casa de José, foram tratados como convidados de honra. José perguntou sobre seu pai e, ao ver Benjamim, seu irmão mais novo, ficou tão emocionado que teve que sair correndo para chorar em particular.

Durante o banquete, José sentou os irmãos em ordem de idade, do mais velho ao mais novo, o que os deixou surpresos. E deu a Benjamim cinco vezes mais comida do que aos outros.

No dia seguinte, José ordenou que enchessem os sacos dos irmãos com grãos e, secretamente, colocou sua taça de prata no saco de Benjamim, junto com o dinheiro dele. Quando os irmãos já estavam a caminho de casa, José enviou seu mordomo atrás deles: “Por que retribuíram o bem com o mal? Vocês roubaram a taça de prata do meu senhor!”

Os irmãos negaram veementemente: “Por que o meu senhor diz isso? Longe esteja que seus servos façam tal coisa! Trouxemos de volta de Canaã o dinheiro que achamos em nossos sacos. Como roubaríamos prata ou ouro da casa do seu senhor? Se algum de seus servos for encontrado com ela, que morra, e o resto de nós seremos escravos do meu senhor.”

O mordomo respondeu: “Seja como vocês dizem. Quem for encontrado com a taça será meu escravo; o resto estará livre.”

Rapidamente, cada homem baixou seu saco no chão e o abriu. O mordomo começou a procurar, do mais velho para o mais novo. E a taça foi encontrada no saco de Benjamim!

Os irmãos rasgaram suas vestes em desespero. Carregaram seus jumentos e voltaram para a cidade. Quando chegaram à casa de José, jogaram-se ao chão diante dele.

José disse: “O que é isso que vocês fizeram? Não sabiam que um homem como eu pode descobrir as coisas por adivinhação?”

Judá respondeu: “O que podemos dizer a meu senhor? Como podemos nos justificar? Deus descobriu a culpa de seus servos. Somos agora escravos de meu senhor – nós e também aquele com quem a taça foi encontrada.”

Mas José disse: “Longe de mim fazer isso! Só o homem em cujo saco a taça foi encontrada será meu escravo. O resto pode voltar em paz para seu pai.”

Então Judá se aproximou e implorou: “Por favor, meu senhor, deixe seu servo dizer uma palavra. Não se ire contra seu servo, embora o senhor seja igual ao próprio faraó. Meu senhor perguntou: ‘Vocês têm pai ou outro irmão?’ E respondemos: ‘Temos um pai idoso e um irmão caçula, nascido quando nosso pai já era velho. O irmão dele está morto, e ele é o único filho de sua mãe que resta, e seu pai o ama’.”

Judá continuou explicando como Jacó amava Benjamim e como tinha medo de perdê-lo como havia perdido José. Ele descreveu como Jacó sofreria se Benjamim não voltasse, e como ele, Judá, havia garantido a segurança do rapaz.

Finalmente, Judá ofereceu-se para ficar como escravo no lugar de Benjamim: “Agora, pois, por favor, deixe seu servo ficar aqui como escravo de meu senhor no lugar do rapaz, e deixe o rapaz voltar com seus irmãos. Como poderei voltar para meu pai se o rapaz não estiver comigo? Não! Não quero ver a desgraça que sobreviria a meu pai.”

José não conseguiu mais se conter. Mandou todos os egípcios saírem da sala e então, chorando alto, revelou: “Eu sou José! Meu pai ainda vive?”

Seus irmãos ficaram tão chocados que não conseguiam responder. José disse: “Cheguem perto de mim.” Quando se aproximaram, ele disse: “Eu sou José, seu irmão, a quem vocês venderam ao Egito! Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês. Por dois anos tem havido fome na terra, e ainda há cinco anos nos quais não haverá arado nem colheita. Deus me enviou adiante de vocês para garantir-lhes um remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida por meio de grande livramento.”

José abraçou Benjamim e chorou, e beijou todos os seus irmãos, chorando com eles. Depois disso, seus irmãos conseguiram falar com ele.

A Reunião da Família

Quando a notícia chegou ao palácio do faraó – “Os irmãos de José chegaram!” – o faraó e seus oficiais ficaram satisfeitos. O faraó disse a José: “Diga a seus irmãos: ‘Carreguem seus animais e voltem para Canaã, tragam seu pai e suas famílias para cá. Darei a vocês o melhor da terra do Egito, e comerão da gordura da terra’.”

O faraó também ordenou: “Levem carroças do Egito para seus filhos pequenos e suas mulheres, e tragam seu pai. Não se preocupem com seus bens, porque o melhor de todo o Egito será de vocês.”

José deu a seus irmãos carroças, conforme o faraó havia ordenado, e provisões para a viagem. A cada um deu roupas novas, mas a Benjamim deu trezentas peças de prata e cinco mudas de roupas. Enviou a seu pai dez jumentos carregados com o melhor do Egito, e dez jumentas carregadas de grãos, pão e outras provisões para a viagem.

Quando os irmãos chegaram a Canaã e contaram a Jacó, “José ainda vive! Na verdade, ele é governador de todo o Egito!”, o coração de Jacó quase parou, pois não acreditava neles. Mas quando lhe contaram tudo o que José havia dito, e quando viu as carroças que José havia enviado, o espírito de Jacó reviveu. Israel (outro nome de Jacó) disse: “Basta! José, meu filho, ainda vive. Irei vê-lo antes de morrer.”

Jacó Vai para o Egito

Jacó reuniu tudo o que possuía e partiu para o Egito com toda a sua família: seus filhos e netos, suas filhas e netas – toda a sua descendência. Ao todo, setenta pessoas da família de Jacó foram para o Egito.

Jacó enviou Judá à frente para obter instruções sobre como chegar a Gósen, região onde ficariam. Quando chegaram a Gósen, José preparou sua carruagem e foi ao encontro de seu pai. Assim que o viu, abraçou-o e chorou longamente.

Israel disse a José: “Agora posso morrer, depois de ter visto seu rosto e saber que você ainda vive.”

José apresentou cinco de seus irmãos e seu pai ao faraó. Quando o faraó perguntou qual era a profissão deles, José respondeu que eram pastores de ovelhas. O faraó disse a José: “O Egito está à sua disposição; estabeleça seu pai e seus irmãos na melhor parte da terra. Deixe-os viver em Gósen.”

José também apresentou seu pai ao faraó, e Jacó abençoou o faraó. Quando o faraó perguntou a idade de Jacó, ele respondeu: “Os anos de minha peregrinação são cento e trinta. Poucos e difíceis foram os anos de minha vida, e não igualam os anos de peregrinação de meus pais.”

José estabeleceu seu pai e seus irmãos no Egito e lhes deu propriedades na melhor parte da terra, como o faraó havia ordenado. José também forneceu comida para toda a família.

Os Últimos Anos

A fome era muito severa, e José acabou comprando toda a terra do Egito para o faraó em troca de comida. O povo deu seu dinheiro, depois seu gado e finalmente suas terras e os mesmos como escravos. José estabeleceu um decreto, que vigorou até o tempo em que a Bíblia foi escrita, de que um quinto de toda produção entregue ao faraó.

Os israelitas se estabeleceram em Gósen, adquiriram propriedades, foram férteis e aumentaram muito em número. Jacó viveu no Egito por dezassete anos, chegando à idade de 147 anos.

Quando chegou a hora de Jacó morrer, ele chamou José e pediu: “Não me sepulte no Egito. Quando eu descansar com meus pais, leve-me para fora do Egito e sepulte-me onde eles estão sepultados.” José prometeu: “Farei como você diz.”

Mais tarde, Jacó abençoou os dois filhos de José, Manassés e Efraim, colocando-os no mesmo nível que seus próprios filhos em termos de herança. Então todos chamaram seus filhos e profetizaram sobre o futuro de cada um.

Após a morte de Jacó, José o embalsamou, um processo que durou quarenta dias. Os egípcios choraram por ele setenta dias. Então José e seus irmãos, junto com oficiais do faraó e anciãos do Egito, levaram o corpo de Jacó para Canaã e o sepultaram na caverna de Macpela, que Abraão havia comprado como local de sepultamento.

Depois do sepultamento, os irmãos de José ficaram com medo de que agora o pai estivesse morto, José se vingaria pelo mal que ele fez. Enviaram uma mensagem para José: “Antes de morrer, seu pai deixou esta ordem: ‘Digam a José: Perdoe a transgressão e o pecado de seus irmãos, pois ele fez mal’. Agora, por favor, perdoe a transgressão dos servos de Deus de seu pai.”

José chorou ao ouvir isso e disse a seus irmãos: “Não tenho medo. Estou eu no lugar de Deus? Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para realizar o que agora está acontecendo: salvar muitas vidas. Não tenho medo. Eu sustento vocês e seus filhos.” E ele os reconfortou e perguntou bondosamente.

José viveu 110 anos. Viu a terceira geração dos filhos de Efraim, e os filhos de Maquir, filho de Manassés, também foram colocados sobre seus joelhos ao nascerem.

Antes de morrer, José disse a seus irmãos: “Estou para morrer. Mas Deus certamente virá em auxílio de vocês e os fará sair desta terra, levando-os para a terra que prometeu com juramento a Abraão, Isaque e Jacó.” E José fez os filhos de Israel jurarem, dizendo: “Deus certamente virá em auxílio de vocês. Então vocês deverão levar meus ossos daqui.”

José morreu aos 110 anos Gênesis 50:26 . Foi embalsamado e colocado num sarcófago no Egito. Muitos anos depois, quando os israelitas deixaram o Egito no Êxodo, levaram os ossos de José, como ele havia pedido, e os sepultaram em Siquém, na terra prometida.

 

Tom Santos

Estudioso da Bíblia com profundo conhecimento das Escrituras, dedicado à interpretação teológica e à aplicação prática dos ensinamentos bíblicos. Especializado em exegese, história bíblica e análise de textos sagrados, buscando compreender e compartilhar a sabedoria contida na Palavra de Deus. Comprometido com o crescimento espiritual e o entendimento mais profundo da fé cristã.

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